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​​As vezes​,​ a tristeza b​​ate em foma de alegria pra gente ​aprender com os erros​. ​A gente procura esquecer para poder ir adiante, mas que caminho ​é esse quando não enfrentamos a verdade?​ Temos que viver a realidade do jeito que ela é. A dor da verdade é normal, principalmente quando lidamos, na maioria das vezes, nos iludindo ou mentindo pra nós mesmos.

Portanto, temos que esquecer​, pois ela é uma estratégia de sobrevivência. Somos todos uns esquecidos crônicos. Pra começar, esquecemos de alguns descuidos que sofremos​ atoa. Dois elementos importantes são: primeiro, a mentira. Achar que vão te procurar, mandar mensagem, te ligar, mandar email, ou algo do tipo é uma mentira que você se fantasiou com base em comportamentos não definitivos. Acabou, acabou. Segundo, a ilusão. Não se iluda com comentários alheios de tais amigos "Ah, vocês vão voltar, eram tão fofos juntos". Ei, caia na real, quando é amor, não se separam e voltam. Amor não machuca, cuida sempre.

Dessa forma, nossas dores internas acabam ganhando o apelid​inho ​de ​"fracotes", só que esses ​"fracotes" viram traumas, e esses traumas minam nossa confiança na vida e sustentam os consultórios psiquiátricos, já que esquecer é uma forma de impedir a compreensão absoluta de nós mesmos, e alguém precisa nos ajudar a lembrar para nos libertarmos.​ Tudo ​que nos ensinaram sobre o amor ​é que ele é um sentimento forte. Deve ser ​tão ​forte o suficiente para aguentar os reveses da convivência, e também por medo da solidão, que tem péssimo cartaz. Então, para nos enquadramos e nos sentirmos amados, esquecemos as mentiras, as traições, os maus-tratos, as indiferenças e mantemos algo que ainda parece uma relação, mas que deixou de ser no momento em que enfiamos a cabeça dentro do buraco.

E esquecemos, principalmente, de quem somos, das nossas vontades, dos nossos sonhos, das nossas crenças, tudo em prol de uma adaptação ao meio, de uma preguiça em desfazer o combinado e buscar uma saída alternativa, de uma covardia que gruda na alma e congela os movimentos. Esquecer de nós mesmos é assinar um contrato com a resignação.

Obrigado​, ​por abrir meus olhos e lembrar que a amnésia é uma opção, não é obrigatória.